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25.9.18

AULA 007 - ETICA - PEDAGOGIA - 20182




UFT

AULA 007

24 DE SETEMBRO DE 2018







SUMÁRIO

1 Calendário
2 Plano de Aula







AULAS
DATAS
ATIVIDADES
O QUE FOI DADO?
001
13AGO
PRESENÇA 1 (0,13),
LEITURA 1 Plano de Ensino,
TRABALHO 1 Questionário (0,6).
> Apresentação dos Alunos
> Apresentação do Professor
> Apresentação da disciplina
> Plano de Ensino
> Questionário
> Guia de Leitura
002
20AGO
PRESENÇA 2 (0,13),
LEITURA 2
(Valls, O que é ética, p.5-21 -
Os problemas da ética
TRABALHO 2 (0,6).
> Objeto da ética
> Qual tipo de ciência?
> Problemas da Ética
> Diferenças da ética
> Parcial? Universal? Absoluta?
> Sócrates e Kant
> As duas margens do rio ético e Hermes
> Trabalho 2
> Gabarito
003
27AGO
PRESENÇA 3 (0,13),
LEITURA 3
(Valls, O que é ética, p.22-31 -
Ética grega antiga),
TRABALHO 3 (0,6).
> Ética grega antiga
> Platão
> Aristóteles
> Trabalho 3
> Gabarito
004
03SET
PRESENÇA 4 (0,13),
LEITURA 4
(Valls, O que é ética, p.32-44 -
Ética e religião,
Os ideais éticos),
TRABALHO 4 (0,6).
> História da ética
> Antiguidade
> Medievo
> Modernidade
> Pós-modernidade
> Ética e religião
> Ideais éticos
> Trabalho 4
> Gabarito
005
10SET
EVENTO
PROFESSOR EM ARAGUAÍNA

LEITURA 5
(Valls, O que é ética, p.45-58 -
A liberdade),
TRABALHO 5 BLOG (0,73)
Imprimir, fazer e entregar na Aula 006
> Normas, liberdades e responsabilidades
> Os extremos da ética
> Determinismos
> Libertarismos
> Tragédias, Deus e materialismo
> Estoicismo, cristianismo e idealismo
> Hegel e seus críticos
> Marx, Habermas e Kierkegaard
> Hermes, a angústia e a ética
> Trabalho 5
> Gabarito
006
17SET
PRESENÇA 6 (0,13),
LEITURA 6
(Valls, O que é ética, p.59-66 -
Comportamento moral:
o bem e o mal),
TRABALHO 6 (0,6).
> Consciência Moral
> Heteronomia Natural e Teológica
> Autonomia Individual
> Rousseau, Kant, Hegel, Marx
> Século XX
> Linguagem: Continentais X Analíticos
> Fim do sujeito e da autonomia?
> Trabalho 6
> Gabarito
007
24SET
PRESENÇA 7 (0,13),
LEITURA 7
(Valls, O que é ética, p.67-75 -
A ética hoje),
TRABALHO 7 (0,6).
> Comum X Privado
> Estado X Indivíduo
> Eticidade 1: Família
> Eticidade 2: Sociedade
> Eticidade 3: Estado
> Trabalho 7
> Gabarito
008
01OUT
PRESENÇA 8 (0,13),
PROVA 1 (5,0)
> Revisão para Prova 1
> .
> .
> .
> .
> .
009
08OUT
PRESENÇA 9 (0,12),
LEITURA 8
(Sánchez Vázquez, Ética,
cap,1, Objeto da Ética, p.13-34),
TRABALHO 8 (0,25),
SEMINÁRIO 1 (4,0).
> .
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> .
> .
010
15OUT
PRESENÇA 10 (0,12),
LEITURA 9
(Sánchez Vázquez, Ética, cap,11,
Doutrinas éticas fundamentais,
p.267-298),
TRABALHO 9 (0,25),
SEMINÁRIO 2 (4,0).
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> .
011
22OUT
PRESENÇA 11 (0,12),
LEITURA 10
(Sánchez Vázquez, Ética, cap,4,
A moral e outras formas
de comportamento humano,
p.85-106),
TRABALHO 10 (0,25),
SEMINÁRIO 3 (4,0).
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012
29OUT
PRESENÇA 12 (0,12),
LEITURA 11
(Sánchez Vázquez, Ética, cap,5,
Responsabilidade moral,
determinismo e liberdade,
p.107-132),
TRABALHO 11 (0,25),
SEMINÁRIO 4 (4,0).
> .
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013
05NOV
PRESENÇA 13 (0,12),
LEITURA 12
(Sánchez Vázquez, Ética, cap,6,
Os valores, p.133-150),
TRABALHO 12 (0,25),
SEMINÁRIO 5 (4,0).
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014
12NOV
PRESENÇA 14 (0,12),
LEITURA 13
(Sánchez Vázquez, Ética, cap,7,
A avaliação moral, p.151-176),
TRABALHO 13 (0,25),
SEMINÁRIO 6 (4,0).
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015
19NOV
PRESENÇA 15 (0,12),
LEITURA 14
(Sánchez Vázquez, Ética, cap,8,
A obrigatoriedade moral, p.177-206),
TRABALHO 14 (0,25),
SEMINÁRIO 7 (4,0).
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016
26NOV
PRESENÇA 16 (0,12),
LEITURA 15
(Sánchez Vázquez, Ética, cap,9,
A realização da moral, p.207-234),
TRABALHO 15 (0,25),
SEMINÁRIO 8 (4,0).
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017
03DEZ
PRESENÇA 17 (0,12),
PROVA 2 (3,0)
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018
10DEZ
EXAME FINAL (10,0)
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Grupos para Seminários

> Grupo 1 Seminário 1 = Mayane, Katyusia

> Grupo 2 Seminário 2 = José Alves, Willian

> Grupo 3 Seminário 3 = Fernanda, Luana

> Grupo 4 Seminário 4 = Enilde

> Grupo 5 Seminário 5 = Rone, Francisca

> Grupo 6 Seminário 6 = Lázaro, Maico

> Grupo 7 Seminário 7 = Maria de Jesus, Simone

> Grupo 8 Seminário 8 = Prof. Zanin





> Os grupos terão a opção de apresentar [seminário = 4.0, prova = 3.0] ou não [seminário = 0.0, prova = 7.0], devendo comunicar a decisão uma semana antes ao professor.



COMUM x PRIVADO

Adorno

Hoje a ética foi reduzida a algo de privado

Privatização da ética

Marx

Privatização da religião

A justiça e todas as demais virtudes éticas referiam-se ao universal (no caso, ao povo ou à polis), eram virtudes políticas, sociais.

Poderíamos dizer que o lema máximo da ética é o bem comum.

E se hoje a ética ficou reduzida ao particular, ao privado, isto é um mau sinal



ESTADO x INDIVÍDUO

Um mérito definitivo do pensamento de Kant é ter colocado a consciência moral do indivíduo no centro de toda a preocupação moral.

Afinal de contas, o dever ético apela sempre para o indivíduo.

Procurando superar o ponto de vista kantiano, que chama de moralista, Hegel insistiu numa outra esfera, que chamou de esfera da eticidade ou da vida ética.

Nesta esfera, a liberdade se realiza eticamente dentro das instituições históricas e sociais, tais como a família, a sociedade civil e o Estado.

Hegel não teme afirmar que “o Estado é a realidade efetiva da idéia ética”.

Não há dúvidas que a exposição de Hegel tem pelo menos o mérito de localizar onde se encontram os problemas éticos.

Os grandes problemas éticos se encontram nestes três momentos da eticidade (família, sociedade civil e Estado).



MOMENTO 1 DA ETICIDADE: FAMÍLIA

Exigências éticas do amor

Amor livre

Fidelidade

Novas formas de relacionamnto heterossexual

Formas de vida celibatária, casta ou homossexual

Relacionamento dos pais com os filhos

Nova reflexão sobre os direitos e os deveres dos pais e dos filhos

Presença maior da escola e dos meios de comunicação na vida diária dos filhos

A reflexão sobre a dominação das chamadas minorias sociais chamou a atenção para a necessidade de novas formas de relacionamento dentro do próprio casal.

O feminismo, ou a luta pela libertação da mulher, traz em si exigências éticas

A libertação de todos os grupos oprimidos, é uma exigência ética, das mais atuais

E, como lembraria Paulo Freire, em seu Pedagogia do Oprimido, a libertação não se dá pela simples troca de papéis: a libertação da mulher liberta igualmente o homem.



MOMENTO 2 DA ETICIDADE: SOCIEDADE

Forma histórica da sociedade burguesa

Trabalho e propriedade

Privilégios exclusivos de poucos

Desemprego

Escravidão

Salários de fome

Sem oportunidades

Sem educação

Num país de analfabetos, falar de ética é sempre pensar em revolucionar toda a situação vigente.

Se é verdade que as grandes reformas de que nosso país necessita não são questões apenas éticas, mas também políticas, o inverso não é menos verdade: não são só políticas, são questões éticas que desafiam o nosso sentido ético.

A ética contemporânea aprendeu a preocupar-se, ao contrário das tendências privativistas da moral, com o julgamento do sistema econômico como um todo.

O bem e o mal não existem apenas nas consciências individuais, mas também nas próprias estruturas institucionalizadas de um sistema.

Antigos compêndios de moral, de inspiração católica, ainda afirmavam, há cinquenta anos, por exemplo, que o socialismo seria intrinsecamente mau, enquanto o capitalismo permitiria corrigir os seus erros eventuais.

Hoje dificilmente um livro de ética teria a coragem de fazer uma afirmação deste tipo.

Por outro lado, as experiências socialistas destes últimos cem anos ensinaram aos teóricos de esquerda a revalorizar a importância que a propriedade tem para a auto-realização humana.

A crítica atual insiste muito mais, agora, sobre a injustiça que reside no fato de só alguns possuírem os meios da riqueza, e a crítica à propriedade se reduz sempre mais apenas aos meios de produção, enquanto pensadores do século XIX ainda afirmavam que "toda propriedade é um roubo".

A propriedade particular aparece agora, nas doutrinas éticas, principalmente como uma forma de extensão da personalidade humana, como extensão do seu corpo, como forma de aumentar a sua segurança pessoal, e de afirmar a sua autodeterminação sobre as coisas do mundo.



MOMENTO 3 DA ETICIDADE: ESTADO

A ética política revisou, entre outros, os ideais de um cosmopolitismo indeterminado de um Kant, e soube reconhecer as análises de um Hegel a respeito do significado da nacionalidade e da organização estatal como o ápice do edifício da liberdade.

A liberdade do indivíduo só se completa como liberdade do cidadão de um Estado livre e de direito.

As leis, a Constituição, as declarações de direitos, a definição dos poderes, a divisão destes poderes para evitar abusos, e a própria prática das eleições periódicas aparecem hoje como questões éticas fundamentais.

Ninguém é livre, numa ditadura; a velha lição de Hegel se confirmou até os nossos dias.

O que foi questionado, da doutrina hegeliana, e eté hoje constitui um problema sério, é a verdadeira função, na prática, do Estado.

Os Estados que existem de fato são a instância do interesse comum universal, acima das classes e dos interesses egoístas privados e de pequenos grupos.

Ou são de fato aparelhos conquistados por estes grupos, por uma classe dominante, que conquista o Estado para usar dele como seu instrumento de hegemonia, para a dominação e a exploração dos desprivilegiados?

Em outras palavras, o Estado real resolve o problema das classes, ou serve a um dos lados, na luta de classes?

A luta e a exploração assumiram em nosso século formas muito mais sutis.

A exploração se deslocou, muitas vezes, para formas de neocolonialismo, de tal maneira que em certos casos, patrões e operários de países desenvolvidos podem perfeitamente ter os mesmos interesses, para o prejuízo dos povos da periferia.

Assim como a nível microeconômico a exploração deixou de ser diretamente política, para passar pela sutil mediação da exploração econômica, regulamentada até numa legislação trabalhista, assim também a chamada parceria entre as nações, em termos econômicos, apresenta hoje aspectos gritantes, para uma reflexão ética.

As formas políticas ditatoriais, totalitárias, autoritárias ou, eufemisticamente, militares, que se tornaram tão familiares aos homens do final do século XX.

As relações internacionais baseiam-se hoje em quê? Na justiça ou na força?

Uma justiça entre as nações ou os Estados é um conceito que até o momento ainda não se desenvolveu nem se firmou, nem nas consciências, nem na prática política.

É claro que isto, na boca de muitos, pode muito bem ser sintoma de pensamento aristocrático ou elitista.

Mas, quando é tratado objetivamente, o problema da massificação se refere a formas de relações sociais onde o indivíduo se perde e se desvaloriza (e se sente objetivamente desvalorizado).

Nas fábricas, nas praças diante do demagogo ou sentados em casa ante um aparelho de televisão durante horas a fio, os homens de hoje vão sendo reduzidos cada vez mais a funções simplesmente passivas, vão desaprendendo a arte de falar e de se expressar, vão perdendo sua voz e sua vez.

Para que o homem seja livre, ele precisa do seu espaço interior, de sua casa, de seu salão, de sua praça, de sua terra (retorno à Grécia!).

Valeria a pena analisar a lógica e a sintaxe da comunicação que aparecem, por exemplo, nos noticiários atuais.

Tudo é ligado pela lógica simples do e, da adição pura e simples: "o Papa visita o Brasil e os negros são mortos na África do Sul e o cruzeiro se desvaloriza e na Eritréia multidões inteiras morrem de fome e um espião troca de lado e o Presidente inaugura uma escola e a polícia descobre um escândalo financeiro e os bóias-frias fazem uma greve e um candidato afirma que em política só a derrota é feia e assim por diante . . . ".

Se este tipo de comunicação não favorece subliminarmente um cinismo indiferente a qualquer julgamento moral, certamente não favorece o despertar de uma consciência eticamente mais crítica.

No mínimo, reforça a indiferença e o sentimento de impotência no espectador.

Existe uma maldosa dialética neste Iluminismo, de tal maneira que muitos dos melhores ideais iluministas foram traídos, colaborando esse grande movimento da Idade Moderna muito rnais para o mal-estar em que vivemos hoje, do que jamais os grandes filósofos modernos poderiam suspeitar.

Parece importante hoje, como sempre, buscar o antídoto no próprio veneno.

E se o maior dos iluministas foi Kant, não deixa de ser espantoso verificar, estudando-o, o quanto ele, entre outros grandes pensadores acima enunciados, nos pode ajudar a assumir a nossa vida de maneira mais ética, e, neste sentido, mais livre a mais humana.



Participações

Francisca

Rone




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