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1.7.20

PAIDEIA - 11 - SOLON - 20201




PAIDEIA

SÓLON, O PRIMEIRO ATENIENSE

Paideia

2020/jul/01





1
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4
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10
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- NOVO LUGAR DA POESIA
- POESIA COMO AUTOAFIRMAÇÃO
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- SEMÔNIDES
- MIMNERMO
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- SAFO





O QUE VEREMOS?

- POESIA DE SÓLON

- EQUILÍBRIO DE FORÇAS

- LEGALIDADE

- OS INIMIGOS

- DUAS CIDADES

- RESÍDUO DA ORDEM DIVINA

- ACIMA DA VONTADE DE PODER

- POSIÇÕES SOBRE A VELHICE


1. POESIA DE SÓLON

- Unidade e apogeu de Atenas

- Poesia como expressão da consciência ética

- Também como expressão da cidadania nos tribunais e nas assembleias

- Desde o apogeu até a decadência de Atenas

- Persiste como documento histórico para compreensão de Atenas

- Força poética educadora de Sólon comparável com Hesíodo e Tirteu

- Sólon desenvolveu as ideias de Hesíodo

- Sua autoridade vem de sua personalidade, pois fala em nome próprio


2. EQUILÍBRIO DE FORÇAS

- Ideia do Estado

- Dependência do indivíduo à comunidade

- Equilibrar as forças do indivíduo e da comunidade

- Direito como fundamento organizador da sociedade

- Liberdades cívicas e realização pessoal

- Tudo isso aconteceu no campo da educação!

- Exortações para responsabilidade comunitária


3. LEGALIDADE

- Importância da lei [legalidade, legislação]

- Para a formação do novo ser humano político

- Legislador encarna uma força educadora

- Instrumento das reclamações e exigências da massa, mas

- Somente quando algum nobre se punha a serviço da massa, como Sólon

- Sólon descreve a luta de classes pela lei

- Mostra o movimento político nascido da massa economicamente fraca

- Legalidade [norma, arché] da vida social e política do poeta = Legalidade da natureza [norma, arché] dos filósofos [Tales e Anaximandro]

- Em Sólon, há uma relação de causa e efeito entre natureza e sociedade [humanidade, cultura]

- "Ao relêmpago, segue-se o trovão; a cidade sucumbirá ante homens poderosos e o demos cairá nas mãos do ditador"

- "Se foi por debilidade vossa que haveis sofrido o mal, não lanceis sobre os deuses o peso da culpa"

- "Os próprios cidadãos querem arruinar a cidade com a sua ambição e a sua estupidez" [imprudência]


4. OS INIMIGOS

- Cultura da nobreza

- Direito do sangue

- Leis draconianas

- As leis de Sólon ainda são nobres, mas com o início de uma mudança

- Que irá se consolidar em Clístenes

- Proprietários nobres terratenentes X Servos

- Espírito de casta

- Sólon ainda é nobre e crítico da democracia, mas suas obras poéticas descrevem a luta social de sua época


5. DUAS CIDADES

- CIDADE JUSTA
1 Direito - Dike - Com Zeus - Eunomia
2 Estabilidade social
3 Igualdade econômica
4 Paz
5 Vida
6 Riqueza
7 Ordem do mundo sempre triunfa [castigo, compensação]
8 Felicidade

- CIDADE INJUSTA
1 Não direito - Hybris - Sem Zeus - Sem nomos
2 Instabilidade social
3 Desigualdade econômica
4 Guerras
5 Mortes
6 Pobreza
7 Desordem do mundo sempre triunfa [castigo, compensação]
8 Infelicidade

- A novidade de Sólon é o castigo

- Na forma imanente da violência e da injustiça

- Infelicidade geral

- Pela primeira vez a conexão entre violação do direito e desordem social é anunciada

- Pela primeira vez também a ideia da responsabilidade humana no próprio destino individual e da cidade

- No entanto, para que seja possível a responsabilidade e o castigo, é fundamental a previsão da ação justa na legalidade, na lei, na legislação

- O conhecimento da legalidade acarreta o dever de ação e uma responsabilidade política e moral


6. RESÍDUO DA ORDEM DIVINA

- Religiosidade e ética aristorática da nobreza

- A injustiça só se pode manter por breve tempo

- Cedo ou tarde sobrevém a dike, o castigo divino, a retribuição de Zeus

- Dessa esfera de pensamento mítico e religioso nasceu a legalidade e a tragédia grega!

- Como resíduos rebeldes na consideração de casos individuais humanos como exemplos da ordem divina do mundo

- Em qualquer ação humana está presente riscos, a Moira

- No entanto, Moira não anula a responsabilidade do agente

- Estreita ligação [meio termo justo] em Sólon da concepção de política [ação, responsabilidade e castigo] e religiosa [Moira, Dike, Zeus]!


7. ACIMA DA VONTADE DE PODER

- Sólon como um estadista sábio acima da vontade de poder

- Não se aproveitou do poder para enriquecer e nem para tornar-se um tirano

- Convicção de que até o mais simples dos camponeses é mais feliz do que todos os reis da Terra

- Não apenas mistura entre política e religião e ação e castigo, mas

- Também entre viagem no mundo e apego à terra natal e à Pátria

- Por isso seu nome está entre ps sete sábios


8. POSIÇÕES SOBRE A VELHICE

- MIMNERMO
1 Desejo de morrer aos 60
2 Velhice como morte gradual e penosa
3 Desejo de uma morte sem lamentações, queijas e choro

- SEMÔNIDES
1 Desejo de uma morte sem lamentações, queijas e choro

- ARQUÍLOCO
1 Insegurança da vida humana
2 Oculto aos humanos o sentido dos deuses imortais

- SÓLON
1 Desejo de morrer aos 80
2 Desejo de uma morte com lamentações, queijas e choro
3 Júbilo pela vida humana e seus prazeres e alegrias
4 Ritmo da vida [limitação\medida = dikayosyne, sophrosyne, gnomosyne, phronesis]
5 Ritmo no sentido de limitação\medida em conformidade com o movimento geral da natureza
6 A simplicidade da vida grega está no conhecer da legalidade das coisas, seja naturais, seja humanas
7 "O mais difícil, porém, é chegar à percepção inteligente da medida invisível, ao fato de todas as coisas terem os seus próprios limites"
8 Além de torná-la válida na vida individual [ética], na vida da polis [política] e na vida da lei [jurídica]!

- É superado o individualismo, mas reconhecidos direitos da individualidade, com um fundamento ético

- Pela sua união de Estado, comunidade e indivíduo, Sólon é o primeiro ateniense

- Que moldou o tipo perene de ser humano daqui em diante


JAEGER, Werner.

Paideia: a formação do homem grego. 4.ed.

São Paulo, Martins Fontes, 2001.

Sólon: começo da formação política de Atenas, p.173-189

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