- DIÁLOGO COM CRÍTICOS
- K.O. Apel
- O. Becker
- E. Betti
- W. Hellebrand
- H. Kuhn
- J. Moller
- W. Pannenberg
- O. Poggeler
- A. de Waelhens
- Fr. Wieacker
- J. Habermas
- INTENÇÃO DO CONJUNTO E SENTIDO DE HERMENÊUTICA
- Autor
- Críticos
- Colocar em movimento o conjunto
- A intenção e as pretensões do conjunto
- Mal-entendidos da tradição
hermenêutica
- Não é hermenêutica científica, metodológica, preceptiva
- Não é a velha hermenêutica, mas a nova
- Não é um sistema de regras para guiar ou descrever o procedimento metodológico das ciências do espírito
- Não é uma investigação sobre os fundamentos das ciências do espírito para orientá-las à prática
- Não é um compromisso acientífico, mas sim um compromisso de honestidade científica no sentido de admitir que sua operabilidade depende da compreensão
- A intenção é filosófica!
(...) não está em questão o que fazemos ou o que deveríamos fazer, mas sim o que nos acontece além de nosso querer e fazer
- Não é método!
- As ciências do espírito históricas surgem no romantismo e se impregnam da ciência moderna; além disso, possuem uma herança humanista que as destacam com relação a outras ciências, fazendo-as extrapolar as fronteiras científicas em direção a experiências extracientíficas diversas, principalmente a arte! O mesmo vale para a sociologia do conhecimento!
- Humanismo [humanidades, letras]: científico, estético, político
- Não significa que os métodos da moderna ciência natural não se apliquem ao mundo social, sobretudo em nossa época técnica de progresso e racionalização crescente da sociedade; o espírito metodológico se impõe a tudo!
- Não negar o trabalho metodológico nas ciências do espírito históricas
- Não reavivar a distinção entre ciências do espírito e ciências da natureza e sua oposição metodológica
- A oposição metodológica não se trata de diferença de métodos, mas sim de objetivos do conhecimento
- A questão [o problema] visa descobrir e tornar consciente o que o método oculta!
- A questão não é metodológica ou sobre os limites ou
restrições da ciência, mas sim de algo que as precede e que
as torna possível!
(...) é absurda a pretensão do filósofo de deduzir de alguns princípios como deveria a ciência mudar para poder legitimar-se filosoficamente
- Kant não prescreveu, desde a filosofia, nada à ciência; o que ele fez foi colocar uma questão/intenção filosófica! Por isso é um mal-entendido reduzir toda a questão à distinção kantiana entre questão de direito e questao de fato! É necessário ir à finalidade da questão filosófica kantiana: quais são as condições e os limites da ciência?
- A hermenûtica na herança de Kant: a pergunta filosófica de Kant não é direcionada à ciência e suas formas de experiência, mas sim ao conjunto da experiência humana do mundo e da práxis vital! Numa palavra: como é possível a compreensão?
- A pergunta filosófica pelas condições da compreensão antecede todo comportamento subjetivo, todo método e toda ciência!
- Analítica existencial e temporal do ser aí humano de
Heidegger provou ser a compreensão um modo de ser fundamental
ontológico do ser aí humano
A hermenêutica
designa o caráter fundamentalmente móvel [compreensão] do ser aí, que constitui sua finitude e sua especificidade e que, portanto, abarca o conjunto de sua experiência do mundo. Que o movimento da compreensão seja abarcante e universal não é arbitrariedade nem inflação construtiva de um aspecto unilateral, senão que está na natureza mesma da coisa
FONTE  | GADAMER, Hans-Georg. Verdad y método I. 8.ed. Salamanca: Sígueme, 1999, p.9-12. |
CONTATO  | Prof. Fabrício Carlos Zanin Email |