PROLOGO
- FRACASSO DO HISTORICISMO
- por que foi possível justamente neste momento histórico a perspectiva fundamental sobre a história efeitual de toda compreensão?
- fracasso do historicismo ingênuo do século historiográfico
- a oposição dogmático X histórico; tradição X ciência histórica; antigo X moderno = não são absolutas e nem verdadeiras oposições!
- a universalidade hermenêutica; a história efeitual; e a linguisticidade da compreensão abarcam todas as formas de cons-ciência!
- tradição = seguir transmitindo o transmitido ou seguir dizendo o que é dito = experiência de compreensão, de linguisticidade e de apropriação = fusão de horizontes e aplicação
- SER QUE PODE SER COMPREENDIDO É LINGUAGEM
- compreensão + linguagem
- universalidade hermenêutica e da linguagem significa que tudo é interpretação e tudo é linguagem?
- a infinitude da conversação na qual se realiza a compreensão torna relativa a validade que alcança em cada caso o indizível, o inefável
- teoria histórica droysen+dilthey X espiritualismo de hegel
- ler a história como um livro cheio de sentido [dilthey] acaba tendo o mesmo fim de uma filosofia da história cujo núcleo de todo acontecer é a necessidade do conceito = o mesmo fim é história do espírito!
- o círculo hermenêutico que serve de fundamento à
hermenêutica filosófica não tem esse mesmo fim!
A totalidade de sentido que se trata de compreender na história ou na tradição não se refere em nenhum caso ao sentido da totalidade da história
- a história não é nem objeto de um saber e nem objeto de um conceber filosófico, mas sim momento efeitual do próprio ser
- a finitude da compreensão é o modo no qual se afirmam a validade da realidade, a resistência, o absurdo, o incompreensível e o indizível
- levar a sério a finitude significa levar a sério a realidade da história
- AUTO-COMPREENSÃO [EU] E COMPREENSÃO DO OUTRO
[TU]
- importância fundamental do conceito de experiência
- experiência da história efeitual = experiência do outro [tu] = no sentido de que mostra o paradoxo de algo que está na minha frente faz valer seu próprio direito e me obrigue a seu total reconhecimento, ou seja, que o compreenda!
- mas essa compreensão não compreende ao outro diretamente, mas sim a verdade que ele nos diz! ir além do sujeito a partir da correção da interpretação e da verdade que ela quer dizer!
- trata-se de um tipo de verdade que só se faz visível a partir do outro e em virtude do eu estar aberto a este dizer que quer dizer algo
- o mesmo com a tradição histórica; que quer dizer algo que transcende aquilo que dizemos de nós mesmos;
- nesse sentido que ser que se compreende é linguagem: estar aberto ao outro e à tradição que quer [nos] dizer algo
- não se trata de um domínio absoluto do ser, mas sim da experiência do ser aí onde algo é produzido e pode ser compreendido = história efeitual, tradição, aplicação, fusão e linguagem
- QUESTÃO DE METODOLOGIA FILOSÓFICA
- problema da imanência fenomenológica
- hermenêutica não no sentido de uma metodologia como em heidegger, mas como uma teoria da experiência real que é pensar
- nesse sentido fenemenológico a análise do jogo e da linguagem
- o jogo e a linguagem não se esgotam na consciência subjetiva do jogador ou do falante; isso é o que realmente significa uma experiência do sujeito
- não se trata de mitologia, mistificação ou metafísica
- nesse sentido a crítica kantiana permanece vinculante; do mesmo modo a dialética especulativa de hegel e a dialética lógica de platão
- mas manifestas no movimento da conversação com a [nossa!] tradição filosófica, no qual chegam a ser aquilo que são a palavra e o conceito e no qual nos encontramos e somos nós mesmos ao filosofarmos!
- Faz falta fundamentar aquilo que desde sempre está nos sustentando?
- Compreender não significa simplesmente apropriar-se de uma opinião transmitida ou reconhecer aquilo que é consagrado na tradição, mas sim faz parte da estrutura ontológica do ser aí que tem um caráter projetivo [projeção = futuridade]
- mas esse caráter de futuridade da compreensão não dá o status de profeta, predicador ou de admoestador ao filósofo para extrair as últimas consequências radicais das suas condições
- o filósofo não tem as respostas últimas e radicais para o fim da metafísica como ciência, para o niilismo, para a tecnocracia...
- ele deve ser o primeiro a ser consciente da tensão entre suas pretensões e a realidade na qual se encontra = reconhecer e manter desperta a consciência hermenêutica de opor e fazer lembrar sempre o real[ser] e sua verdade!
- sempre destacar o caráter abarcante filosófico da hermenêutica com relação à teoria da ciência e com relação à crítica ideológica!
FONTE  | GADAMER, Hans-Georg. Verdad y
método I. 8.ed. Salamanca: Sígueme, 1999, p.17-21. |
CONTATO  | Prof. Fabrício Carlos Zanin Email |