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25.8.15

GADAMER 004

PROLOGO

  1. FRACASSO DO HISTORICISMO
    • por que foi possível justamente neste momento histórico a perspectiva fundamental sobre a história efeitual de toda compreensão?
    • fracasso do historicismo ingênuo do século historiográfico
    • a oposição dogmático X histórico; tradição X ciência histórica; antigo X moderno = não são absolutas e nem verdadeiras oposições!
    • a universalidade hermenêutica; a história efeitual; e a linguisticidade da compreensão abarcam todas as formas de cons-ciência!
    • tradição = seguir transmitindo o transmitido ou seguir dizendo o que é dito = experiência de compreensão, de linguisticidade e de apropriação = fusão de horizontes e aplicação

  2. SER QUE PODE SER COMPREENDIDO É LINGUAGEM
    • compreensão + linguagem
    • universalidade hermenêutica e da linguagem significa que tudo é interpretação e tudo é linguagem?
    • a infinitude da conversação na qual se realiza a compreensão torna relativa a validade que alcança em cada caso o indizível, o inefável
    • teoria histórica droysen+dilthey X espiritualismo de hegel
    • ler a história como um livro cheio de sentido [dilthey] acaba tendo o mesmo fim de uma filosofia da história cujo núcleo de todo acontecer é a necessidade do conceito = o mesmo fim é história do espírito!
    • o círculo hermenêutico que serve de fundamento à hermenêutica filosófica não tem esse mesmo fim!

      A totalidade de sentido que se trata de compreender na história ou na tradição não se refere em nenhum caso ao sentido da totalidade da história

    • a história não é nem objeto de um saber e nem objeto de um conceber filosófico, mas sim momento efeitual do próprio ser
    • a finitude da compreensão é o modo no qual se afirmam a validade da realidade, a resistência, o absurdo, o incompreensível e o indizível
    • levar a sério a finitude significa levar a sério a realidade da história

  3. AUTO-COMPREENSÃO [EU] E COMPREENSÃO DO OUTRO [TU]
    • importância fundamental do conceito de experiência
    • experiência da história efeitual = experiência do outro [tu] = no sentido de que mostra o paradoxo de algo que está na minha frente faz valer seu próprio direito e me obrigue a seu total reconhecimento, ou seja, que o compreenda!
    • mas essa compreensão não compreende ao outro diretamente, mas sim a verdade que ele nos diz! ir além do sujeito a partir da correção da interpretação e da verdade que ela quer dizer!
    • trata-se de um tipo de verdade que só se faz visível a partir do outro e em virtude do eu estar aberto a este dizer que quer dizer algo
    • o mesmo com a tradição histórica; que quer dizer algo que transcende aquilo que dizemos de nós mesmos;
    • nesse sentido que ser que se compreende é linguagem: estar aberto ao outro e à tradição que quer [nos] dizer algo
    • não se trata de um domínio absoluto do ser, mas sim da experiência do ser aí onde algo é produzido e pode ser compreendido = história efeitual, tradição, aplicação, fusão e linguagem

  4. QUESTÃO DE METODOLOGIA FILOSÓFICA
    • problema da imanência fenomenológica
    • hermenêutica não no sentido de uma metodologia como em heidegger, mas como uma teoria da experiência real que é pensar
    • nesse sentido fenemenológico a análise do jogo e da linguagem
    • o jogo e a linguagem não se esgotam na consciência subjetiva do jogador ou do falante; isso é o que realmente significa uma experiência do sujeito
    • não se trata de mitologia, mistificação ou metafísica
    • nesse sentido a crítica kantiana permanece vinculante; do mesmo modo a dialética especulativa de hegel e a dialética lógica de platão
    • mas manifestas no movimento da conversação com a [nossa!] tradição filosófica, no qual chegam a ser aquilo que são a palavra e o conceito e no qual nos encontramos e somos nós mesmos ao filosofarmos!
    • Faz falta fundamentar aquilo que desde sempre está nos sustentando?
    • Compreender não significa simplesmente apropriar-se de uma opinião transmitida ou reconhecer aquilo que é consagrado na tradição, mas sim faz parte da estrutura ontológica do ser aí que tem um caráter projetivo [projeção = futuridade]
    • mas esse caráter de futuridade da compreensão não dá o status de profeta, predicador ou de admoestador ao filósofo para extrair as últimas consequências radicais das suas condições
    • o filósofo não tem as respostas últimas e radicais para o fim da metafísica como ciência, para o niilismo, para a tecnocracia...
    • ele deve ser o primeiro a ser consciente da tensão entre suas pretensões e a realidade na qual se encontra = reconhecer e manter desperta a consciência hermenêutica de opor e fazer lembrar sempre o real[ser] e sua verdade!
    • sempre destacar o caráter abarcante filosófico da hermenêutica com relação à teoria da ciência e com relação à crítica ideológica!



FONTE  GADAMER, Hans-Georg. Verdad y método I.
8.ed. Salamanca: Sígueme, 1999, p.17-21.
CONTATO  Prof. Fabrício Carlos Zanin Email


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