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25.1.17

GRUPO DE PESQUISA DIREITO & ARTE 020



FUNDAÇÃO UNIV. DO TOCANTINS - UNITINS
GRUPO DE PESQUISA DIREITO & ARTE
PROF. FABRÍCIO CARLOS ZANIN
ENCONTRO 020, 25 DE JANEIRO DE 2017



O QUE É MÚSICA? INAUDÍVEL MISTÉRIO!




    # Tudo pode ser música.

    # Música é movimento, periodicidade e recorrências.

    # Sentimento ou consciência do espaço-tempo.

    # Ritmo, sons, silêncio e ruídos.

    # Tensão e relaxamento.

    # Organização e ordem ou liberdade de abolir qualquer ordem.

    # Controle e acaso.

    # Altura, intensidade, timbre, durações.

    # Provoca novas maneiras de sentir e de pensar.

    # "Ouviver a música", Décio Pignatari.


    # Invenção de linguagens autônomas, mas que dialogam entre si: formas de ver, representar, transfigurar e transformar o mundo.

    # Música em Haroldo de Campos? Alfredo Volpi? Oswald de Andrade? Glauber Rocha?


    # Todos podem ser músicos!

    # Compositores, intérpretes, ouvintes ativos.

    # Circularidade: compositor > intérprete > ouvinte > compositor...

    # Assim é a música: quase nada que pode significar quase tudo!

    # Ver, ler, ouvir, falar, interpretar a música nunca cessa seu inaudível mistério.

    # "A música expressa a si mesma", Stravinski.








MÚSICA E LINGUAGEM ORAL?




    # Fenômeno universal presente em todos os povos (desde o primitivo ao mais civilizado)

    # Mas será uma linguagem universal?

    # Natureza humana "universal" que se manifesta de forma "diversa" em cada cultura.

    # A linguagem oral pode ser traduzida de um povo a outro, mas a linguagem musical, não!, pois perde muito de seu sentido e significado.

    # Polêmica relação entre música e linguagem oral: Adorno reconhece tal relação, Blacking não!








SENTIDOS DA MÚSICA




    # "... a linguagem musical só exista mesmo concretizada através de 'línguas' particulares ou de 'falas' determinadas; e que essas manifestações podem até, em parte, ser compreendidas; mas nunca vivenciadas em alguns de seus elementos de base por aqueles que não pertençam à cultura que as gerou." (MORAES, 1983, p.15)


    # Damos tanto valor à "nossa" música, que não reconhecemos a dos "outros" como música! Talvez como música "exótica". Atitude "natural", quer dizer, cultural!


    # Não compreender determinada proposta musical não significa negar o atributo de música a tal proposta! Gostar é uma coisa, reconhecer é outra!

    # Portanto, é necessário relativizar (historicizar! memorar! lembrar!) a ideia de que a música europeia e ocidental erudita sirva de padrão de beleza estético e musical único, normativo e universal para todo o resto do mundo.


    # Fazer isso significa reler toda a história tradicional da música e suas fases (Walter Wiora):

         1 Pré-história: povos primitivos e música popular arcaica das civilizações evoluídas.
         2 Antiguidade: as músicas sumeriana, egípcia, grega, romana, oriente, etc.
         3 Idade Média: polifonia, harmonia, grandes formas, sinfonias
         4 Modernidade: técnica e indústria globais; publicidade, concertos, pesquisa erudita e composição.


    # Mesmo que toda divisão da história seja polêmica, pelo menos alarga nossa visão de que a única música verdadeira e bela e racional seja a erudita europeia e ocidental!


    # A música jamais pode ser uma coisa em si. Toda música é popular, no sentido de que sua significação não pode estar em outro lugar a não ser na associação entre os indivíduos! As distinções de estilos e técnicas existentes na superfície nunca pode esconder o poder expressivo e organizacional de toda e qualquer criação musical. (John Blacking)


    # A música é o único domínio no qual o homem realiza o presente, tornando-o estável por meio de uma construção de ordem.

    # Trata-se de uma nova relação do homem com o tempo e com o espaço. Feita tal construção musical da ordem, tudo etá dito! (Stravinski)


    # Toda cultura possui seu próprio ritmo. O cotidiano tem seu tempo real. A música é o poder que a cultura tem de construir outra realidade de tempo virtual. (Blacking)


    # Portanto, quais os sentidos da música?
          Histórico materialista? (Wiora)
          Estrutural formalista? (Stravinski)
          Antropológico e cultural? (Blacking)








POESIA E MÚSICA




    # Mito. Orfeu canta seus versos acompanhado da lira.

    # Trova medieval. Canção como união de música e poesia.

    # Modernidade. "Divisão de trabalho técnica e especializada".

    # Charles Baudelaire, Paul Verlaine e Rilke: saudosistas da época de únião entre poesia e música!


    # Poesia de rilke sobre a música.

    # Fenomenologia da recepção-percepção musical.


"HÁLITO DAS ESTÁTUAS OU SILÊNCIO DAS PINTURAS"



Ó língua onde as línguas
acabam. Ó tempo,
posto a prumo sobre o sentido dos corações transitórios
Sentimentos? - de quê? Ó transmutação
dos sentimentos - em quê?: em paisagem audível.
Ó peregrina: Música. Espaço de coração
de nós liberto. O mais íntimo de nós,
que, transcendendo-nos, força por sair, -
sagrada despedida:
quando o íntimo nos envolve
como o mais exercitado dos longes, como o outro
lado do ar:
puro,
gigânteo,
já não habitável.



    # Rilke utilizou uma linguagem (símbolos, metáforas, signos) que não a da música , traduzindo-a através de um equivalente de alto grau: a poesia. Linguagem da música dialogando com a linguagem da poesia.


    # Baudelaire: "Na música, como na pintura e mesmo na palavra escrita, que é entretanto a mais positiva das artes, há sempre uma lacuna completada pela imaginação do ouvinte"


    # Lacuna completada pela imaginação = Diálogo, Compreensão e Interpretação!








CRONOGRAMA / PLANEJAMENTO / 2016.2







ENCONTRO 13___31/08 ✔
KUBRUSLY, Cláudio Araújo.
O que é fotografia.
4.ed. São Paulo: Brasiliense, 1991
p.07-28



ENCONTRO 14___06/09 ✔
KUBRUSLY, Cláudio Araújo.
O que é fotografia.
4.ed. São Paulo: Brasiliense, 1991
p.29-64



ENCONTRO 15___14/09 ✔
KUBRUSLY, Cláudio Araújo.
O que é fotografia.
4.ed. São Paulo: Brasiliense, 1991
p.65-109



ENCONTRO 16___21/09 ✔
PEIXOTO, Fernando.
O que é teatro.
São Paulo: Brasiliense, 1986
p.7-29



ENCONTRO 17___28/09 ✔
PEIXOTO, Fernando.
O que é teatro.
São Paulo: Brasiliense, 1986
p.30-63



ENCONTRO 18___05/10 ✔
PEIXOTO, Fernando.
O que é teatro.
São Paulo: Brasiliense, 1986
p.64-91



ENCONTRO 19___12/10 ✔
PEIXOTO, Fernando.
O que é teatro.
São Paulo: Brasiliense, 1986
p.91-126



ENCONTRO 20___19/10 ✔
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.7-29



ENCONTRO 21___26/10
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.30-62



ENCONTRO 22___01/11
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.63-105



ENCONTRO 23___09/11
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.92-105



ENCONTRO 24___16/11
GHIRALDELLI JR., Paulo.
O que é a filosofia contemporânea?
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.1-14



ENCONTRO 25___23/11
GHIRALDELLI JR., Paulo.
A filosofia continental
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.15-48



ENCONTRO 26___30/11
GHIRALDELLI JR., Paulo.
A filosofia analítica
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.49-70



ENCONTRO 27___07/12
GHIRALDELLI JR., Paulo.
A filosofia da arte
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.117-138
















Datas e horários








✔ Toda quarta
✔ 15 horas
✔ Unitins Campus Graciosa
















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