FUNDAÇÃO UNIV. DO TOCANTINS - UNITINS
GRUPO DE PESQUISA DIREITO & ARTE
PROF. FABRÍCIO CARLOS ZANIN
ENCONTRO 015, 07 DE NOVEMBRO DE 2016
REALIDADE ILUSÓRIA DO OLHAR DA MÁQUINA
# Um dos maiores fotógrafos de nosso tempo: Irving Penn
# Fotografias de bitucas de cigarro
# A beleza transcende qualquer teorização
# Cada cópia das fotos vendida por três mil e quinhentos dólares
# Luta contra tabagismo e publicidade das empresas de cigarros
# "... a imagem fotográfica (olho da máquina) pertence a uma realidade diversa daquela que a gera (nua e crua; viva, tridimensional e cambiante; matéria bruta prima; olho\cérebro)" (KUBRUSLY, 1991, p.68)
# Não é indispensável partir do belo (feio, asqueroso, imoral) para se chegar ao belo!
# Fotografia: cópia da realidade ou realidade completamente diversa?
# Olharmos a realidade objetiva X Ver o que queremos de forma subjetiva
# Olho humano = totalidade X Olho da máquina = detalhes (seleção do quê mostrar e como; iludir o olho humano!)
# O que os olhos vêem e o coração sente pode ser mais real do que a própria realidade!
# Exemplo da playboy: sexo visual, imagens silenciosas sem cheiro, sem gosto, sem tato, sem calor, se fazem mulher!
IMAGENS x PALAVRAS
# A fotografia juntou-se a Gutemberg e transformou-se num produto de massa
# Fotografia + Jornais e Revistas + Editores
# Fotógrafos saiam pelo mundo e transformavam-no numa aldeia global
# Ensaios fotográficos (sequência de fotos que contam uma "historinha") de outras culturas e realidades sociais
# Uma foto valeria por mais de mil palavras
# "Há imagens que não podem ser substituídas nem por um milhão de palavras, da mesma forma que elas não podem substituir a informação verbal. Elas nos atingem por caminhos diferentes e exatamente por isto se complementam tão bem. A palavra é racional, dissertativa, prolixa. A imagem, emocional, sintética, direta. A palavra pode expor com clareza uma idéia, conceituar com precisão. A imagem é de natureza mais onírica (incluindo-se aí os pesadelos), mais ilógica e nebulosa. É insubstituível para transmitir, num relance, toda a emoção de um evento, mas falha ao tentar analisá-lo (KUBRUSLY, 1991, p.77)"
ÉPOCA CAÓTICA OU LIBERTADORA DA TÉCNICA
# Traço marcante de nossa época; conquista de nossa cultura!
# Campos de manifestação intelectual e artística (artes plásticas)
# Experimentação
# Todas as tendências encontradas nos fotógrafos contemporâneos
# Espaço para todas as crenças
# Coexistência de todas as modas e, por sua vez, negação dela!
# "... derrubada de todos os preconceitos e tabus e a inevitável revisão do papel da arte e do artista na sociedade" (KUBRUSLY, 1991, p.80)
# Mercado especializado e elitista
# Padrões estéticos ditados pela técnica disponível no mercado
PRIMEIRA ESCOLA (FOTOMONTAGEM) E POLÊMICAS
# Oscar Rejlander, "The two ways of life"
# Fotomontagem, mosaico, "truque fotográfico"
# Henry Peach Robinson, "O efeito pictórico na fotografia"
# Primeira escola na fotografia
# "Ser fiel à natureza" X Tentação de falseá-la!
# Maior controle de cada parte
# Possível eliminar o indesejável
# Maior liberdade de criação X Facilidade de falsear a natureza
# Ameaça à essência de cópia da realidade da fotografia
# Compromisso ético do artista
# Resultado da fotomontagem parece mais uma pintura do que uma fotografia
# Capacidade de percepção visual coletiva também muda ou evolui com o passar do tempo
# Julia Margaret Cameron e o toque feminino maduro à fotografia
SEGUNDA ESCOLA (NATURALISMO) E POLÊMICAS
# Peter Henry Emerson, médico e fotógrafo amador
# "Fotografia naturalista para estudantes de arte"
# "A morte da fotografia naturalista"
# A fotografia é arte ou não?
# Avanços na fisiologia da visão (Helmholtz)
# Uma foto não pode representar corretamente a forma como vemos o mundo
# Ênfase no foco central da foto, deixando o resto desfocado
# Caloroso debate entre Robinson e Emerson
# Naturalismo X Impressionismo (Pintura): diluição e fragmentação da realidade
# Fotografia é arte menor ou não arte? Emerson diz não arte!
# George Davison
TERCEIRA ESCOLA (PICTORIALISMO) E POLÊMICAS
# Degradar ao máximo a imagem fotográfica até a sua negação
# Os resultados pareciam mais gravuras\pinturas do que fotos
# Prejuízo da fotografia como arte autônoma
# Ferdinand Hurter e Vero C. Driffield
# Sensitometria e indústria de filmes e papéis
# Técnicas para obtenção de cópias manipuláveis foi a característica do pictorialismo
# Robert Demachy
# Preocupação em diferenciar-se dos meros amadores
# Amadores apertam o botão X Pictorialistas fazem o resto com técnicas
# Processo de industrialização = padronização, uniformização, reducionismo
# Por isso atualmente há tendências de misturas de técnicas
QUARTA ESCOLA (FOTO SECESSÃO) E POLÊMICAS
# Alfred Stieglitz, Estados Unidos
# Engenheiro fotoquímico na Alemanha
# Fotogravador nos EUA
# Influência na história cultural americana
# Influência nos rumos da fotografia internacional
# Editor de publicações periódicas
# Direção de galerias de arte onde a fotografia era predominante
# Nunca colocou a fotografia em oposição às artes plásticas
# Foto-Secessão: rompimento com a ideia atual do que seja fotografia
# Valorização de uma fotografia direta, sem artifícios manipuladores, PURA
# Straight photography, PURISMO X Pictorialismo
# Edward Weston, Ansel Adams e "f/64 Group"
# William Mortensen odiado por todos e redescoberto recentemente
# "Monstros e Madonas: um livro de métodos"
# Teoria do vale tudo e tudo é válido X Qualidade excepcional (não apenas técnica ou cientificidade de meios, mas todos os elementos da imagem fotográfica!)
# Difícil diferenciar!
DICAS DE LEITURA
# The life library of photography, editores da Time-Life, 18 volumes
# Fotografia - manual completo de arte e técnica, Abril Cultural
# O prazer de fotografar, Abril Cultural
# Historia grafica de la fotografia = Concise history of photography, Gernshein
# History of photography, Gernshein
# History of photography, Newhall
# The keepers of light, Crawford
# Testemunha ocular, Abril Cultural
# Looking at photographs
# The magic image, Beaton e Buckland
# Faces - a narrative history of the portrait in photography, Maddow
# Art and photography, Scharf
CRONOGRAMA / PLANEJAMENTO / 2016.2
ENCONTRO 13___31/08 ✔
KUBRUSLY, Cláudio Araújo.
O que é fotografia.
4.ed. São Paulo: Brasiliense, 1991
p.07-28
ENCONTRO 14___06/09 ✔
KUBRUSLY, Cláudio Araújo.
O que é fotografia.
4.ed. São Paulo: Brasiliense, 1991
p.29-64
ENCONTRO 15___14/09 ✔
KUBRUSLY, Cláudio Araújo.
O que é fotografia.
4.ed. São Paulo: Brasiliense, 1991
p.65-109
ENCONTRO 16___21/09
PEIXOTO, Fernando.
O que é teatro.
São Paulo: Brasiliense, 1986
p.7-29
ENCONTRO 17___28/09
PEIXOTO, Fernando.
O que é teatro.
São Paulo: Brasiliense, 1986
p.30-63
ENCONTRO 18___05/10
PEIXOTO, Fernando.
O que é teatro.
São Paulo: Brasiliense, 1986
p.64-91
ENCONTRO 19___12/10
PEIXOTO, Fernando.
O que é teatro.
São Paulo: Brasiliense, 1986
p.91-126
ENCONTRO 20___19/10
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.7-29
ENCONTRO 21___26/10
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.30-62
ENCONTRO 22___01/11
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.63-105
ENCONTRO 23___09/11
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.92-105
ENCONTRO 24___16/11
GHIRALDELLI JR., Paulo.
O que é a filosofia contemporânea?
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.1-14
ENCONTRO 25___23/11
GHIRALDELLI JR., Paulo.
A filosofia continental
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.15-48
ENCONTRO 26___30/11
GHIRALDELLI JR., Paulo.
A filosofia analítica
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.49-70
ENCONTRO 27___07/12
GHIRALDELLI JR., Paulo.
A filosofia da arte
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.117-138
Datas e horários
✔ Toda quarta
✔ 15 horas
✔ Unitins Campus Graciosa
ENCONTROS ANTERIORES 2016 | |||||
---|---|---|---|---|---|
001 | 002 | 003 | 004 | 005 | 006 |
7-8 | 009 | 010 | 011 | 012 | 013 |
014 | 015 | 016 | 017 | 018 | 019 |