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14.5.15

KANT 003

    1 RAZÃO ELEVA-SE CADA VEZ MAIS ALTO (CRP, A VII)
  • Perplexidade da razão = sua natureza
  • A razão é atormentada por questões inevitáveis
  • Questões inevitáveis que nunca terão respostas
  • Porque ultrapassam os limites de possibilidade da experiência
  • Questões que precisam ser feitas pela razão
  • Cujas respostas são inalcançáveis pela razão (impotência!)
  • Respostas impossíveis para questões inevitáveis
  • Razão parte de princípios da experiência
  • Princípios da experiência e garantidos por ela
  • A razão, partindo da experiência, eleva-se cada vez mais alto
  • Com o consentimento de sua natureza

    2 REFÚGIO DA RAZÃO NO TEATRO DA METAFÍSICA (CRP, A VIII)
  • A razão eleva-se cada vez mais alto
  • A tarefa da razão permanece inacabada
  • As questões nunca se esgotam e precisam ser feitas (inevitáveis!)
  • A razão refugia-se em princípios
  • Princípios que não são da experiência
  • Princípios que não são garantidos pela experiência
  • Princípios insuspeitos conforme senso comum (popular-vulgar)
  • Princípios = obscuridades, contradições e erros da razão humana
  • Que a razão humana mesma não é capaz de descobrir
  • Disputas infindáveis sobre os princípios no teatro da metafísica
  • Antes, ciência da metafísica como rainha de todas as outras
  • Pela importância capital de seu objeto
  • Somente intenção mais do que realidade
  • Agora, desprezada, repudiada, desamparada
  • Agora, exilada, despojada, questionada em suas pretensões

    3 ENTRE DOGMÁTICOS E CÉTICOS (CRP, A IX)
  • De um lado, hegemonia dos dogmáticos
  • Poder despótico da metafísica
    "a legislação [ordem dogmática metafísica] traz consigo o vestígio da antiga barbárie [desordem cética]"
  • Céticos nômades
  • Repugnância em se estabelecer definitivamente numa terra
  • Anarquia do teatro da metafísica
  • Parecia que a anarquia e desordem iam terminar com Locke
  • Fisiologia do entendimento humano
  • Metafísica continuou com suas exigências e pretensões

    4 TRIBUNAL DA RAZÃO PURA: RELIGIÃO E LEGISLAÇÃO (CRP, A X)
  • Desprestígio da metafísica
  • Transformação, renovação e florescimento das ciências
  • O objeto das ciências não pode ser indiferente à natureza humana
  • Os dogmáticoas não são capazes de pensar qualquer coisa sem cair em afirmações metafísicas
  • Todas as ciências, inclusive a metafísica, deveriam retificar seus princípios para estarem bem fundamentadas; da mesma forma que a física e a matemática
  • Até mesmo a santidade da religião e a majestade da legislação deveriam submeter-se ao Tribunal da Razão Pura

    5 TRIBUNAL DA RAZÃO PURA: METAFÍSICA E CIÊNCIAS (CRP, A XI)
  • Dogmática = Saber aparente
  • Ciências = Juízos bem fundamentados em princípios da experiência e garantidos pela experiência
  • Convite à razão para conhecer a si mesma a partir do Tribunal da Razão com suas leis eternas e imutáveis
    • Condenar presunsões infundadas da dogmática metafísica
    • Assegurar as pretensões legítimas das ciências e seus juízos bem fundamentados em princípio da experiência e garantidos pela experiência

    6 TRIBUNAL DA RAZÃO PURA = SALVAR A METAFÍSICA NO IMPÉRIO DAS CIÊNCIAS? (CRP, A XII)
  • Crítica da faculdade da razão em geral
  • Crítica de todos os conhecimentos que a razão pode aspirar independentemente de toda experiência
  • CRP = em suma, (im)possibilidade de uma metafísica
    • Determinar as fontes da metafísica
    • Determinar a extensão da metafísica
    • Determinar os limites da metafísica
      • A partir de princípios da experiência
      • A partir de princípios garantidos pela experiência
  • CRP = Único caminho que resta seguir para eliminar os erros que dividiram a razão consigo mesma no seu uso fora da experiência
  • Apenas nesse caminho é possível respostas para as questões inevitáveis que a natureza da razão insiste em realizar
  • As respostas tornam-se possíveis às questões inevitáveis e mal-entendidas da razão humana a partir de princípios da/pela experiências e das leis eternas e necessárias da CRP

    7 DEVER DA FILOSOFIA E MODÉSTIA DA CRP (CRP, A XIII)
  • CRP não satisfaz o desejo dogmático de artes mágicas
  • É impossível satisfazê-lo!
  • O dever da filosofia é dissipar a ilusão e o mal-entendido da dogmática metafísica
  • A unidade da CRP é perfeita
  • A unidade perfeita da CRP resolve todos os problemas metafísicos
  • Unidade perfeita? Resolve todos os problemas? = (I)modéstia!

    8 CRP: OBJETO, PROBLEMA E MATÉRIA (CRP, A XIV)
  • CRP = unidade perfeita? resolve tudo? imodéstia? vaidade?
  • CRP parece muito mais moderada do que as afirmações dos dogmáticos metafísicos sobre...
    • Alma (psicologia racional)
    • Mundo (cosmologia racional) e
    • Deus (teologia racional)
      • Cujos autores estendem o conhecimento humano para além de todos os limites possíveis da experiência

  • CRP = Qual objeto?
    "ocupo-me unicamente da razão e do seu pensar puro e não tenho necessidade de procurar longe de mim o seu conhecimento pormenorizado, pois o encontro em mim mesmo"
  • CRP = Qual problema?
    "O problema que aqui levanto é simplesmente o de saber até onde posso esperar alcançar com a razão, se me for retirada toda a matéria e todo o concurso da experiência"
  • CRP = Qual matéria?
    Tudo aquilo que a "natureza mesma do conhecimento nos propõe como matéria de nossa investigação crítica". Mas, então, qual a forma a seguir?

    9 CRP = FORMA = CERTEZA (CRP, A XV)
  • Certeza
    • Conhecimento necessário
    • Com fundamento a priori
    • Não opinião
    • Não hipotético
    • Conhecimento puro a priori
    • Medida para a filosofia enquanto certeza apodítica

    10 CRP = FORMA = CERTEZA (CRP, A XVI)
  • Certeza
    • Fundamentos da faculdade do entendimento
    • Formas, regras e limites do uso do entendimento
    • Dedução dos conceitos puros do entendimento
      • Dedução objetiva
        1. Objeto do entendimento puro
        2. Valor objetivo
        3. Dedução transcendental das categorias
      • Dedução subjetiva
        1. Entendimento puro em si
        2. Valor subjetivo
        3. Possivel? Possibilidade?

"a questão fundamental reside sempre em saber o que podem e até onde podem o entendimento e a razão conhecer, independentemente da experiência [valor objetivo] e não como é possível a própria faculdade de pensar [valor subjetivo]" (CRP, A XVII)

    11 CRP = FORMA = CLAREZA (CRP, A XVIII)
  • Clareza
    • Lógica
      • Clareza discursiva (linguagem) por conceitos
    • Estética
      • Clareza intuitiva por intuições
      • Exemplos em concreto
      • "apenas necessários de um ponto de vista popular" [senso comum vulgar]
      • "esta obra [CRP] não podia acomodar-se ao grande público"
      • "cultores da ciência não necessitam tanto que se lhes facilite a leitura"

    12 TAMANHO E DETALHES (CRP, A XIX)
  • Julgar o "tamanho" de um livro pelo tempo necessário para compreendê-lo
  • A [forma] clareza dos detalhes impede visão de conjunto e a articulação da estrutura do sistema, importante para julgar valor e unidade
  • Esforço do autor em realizar uma obra grande e importante

    13 METAFÍSICA = POSSÍVEL E NECESSÁRIA = DE RAINHA À INVENTARIANTE (CRP, A XX)
  • Só a metafísica (nos limites da razão pura) pode ajudar no esforço do autor de realizar uma obra grande e importante
  • Cabe à metafísica (nos limites da razão pura) realizar "o inventário sistematicamente organizado de tudo o que possuímos pela razão pura"
  • Metafísica = unidade integral, perfeita e incondicionada derivada de simples conceitos puros (sem nada da experiência, nem sequer uma intuição particular) é não somente possível, mas necessária!
  • Salvar a metafísica numa época de império científico!
    "[Metafísica] Regressa a ti mesma e saberás como é simples para ti o inventário" (Persio)

    14 CRP = LIMPEZA DO TERRENO PARA UMA NOVA METAFÍSICA (CRP, A XXI)
  • CRP = limpeza do terreno para preparar um sistema da razão pura especulativa = Nova metafísica da natureza

    CRPMetafísica da natureza
    JuizAuxiliar
    ImparcialBoa vontade
    A priori Derivados



FONTE  KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura.
5.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.
CONTATO  Prof. Fabrício Carlos Zanin Email


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