- Perplexidade da razão = sua natureza
- A razão é atormentada por questões inevitáveis
- Questões inevitáveis que nunca terão respostas
- Porque ultrapassam os limites de possibilidade da experiência
- Questões que precisam ser feitas pela razão
- Cujas respostas são inalcançáveis pela razão (impotência!)
- Respostas impossíveis para questões inevitáveis
- Razão parte de princípios da experiência
- Princípios da experiência e garantidos por ela
- A razão, partindo da experiência, eleva-se cada vez mais alto
- Com o consentimento de sua natureza
- A razão eleva-se cada vez mais alto
- A tarefa da razão permanece inacabada
- As questões nunca se esgotam e precisam ser feitas (inevitáveis!)
- A razão refugia-se em princípios
- Princípios que não são da experiência
- Princípios que não são garantidos pela experiência
- Princípios insuspeitos conforme senso comum (popular-vulgar)
- Princípios = obscuridades, contradições e erros da razão humana
- Que a razão humana mesma não é capaz de descobrir
- Disputas infindáveis sobre os princípios no teatro da metafísica
- Antes, ciência da metafísica como rainha de todas as outras
- Pela importância capital de seu objeto
- Somente intenção mais do que realidade
- Agora, desprezada, repudiada, desamparada
- Agora, exilada, despojada, questionada em suas pretensões
- De um lado, hegemonia dos dogmáticos
- Poder despótico da metafísica
"a legislação [ordem dogmática metafísica] traz consigo o vestígio da antiga barbárie [desordem cética]"
- Céticos nômades
- Repugnância em se estabelecer definitivamente numa terra
- Anarquia do teatro da metafísica
- Parecia que a anarquia e desordem iam terminar com Locke
- Fisiologia do entendimento humano
- Metafísica continuou com suas exigências e pretensões
- Desprestígio da metafísica
- Transformação, renovação e florescimento das ciências
- O objeto das ciências não pode ser indiferente à natureza humana
- Os dogmáticoas não são capazes de pensar qualquer coisa sem cair em afirmações metafísicas
- Todas as ciências, inclusive a metafísica, deveriam retificar seus princípios para estarem bem fundamentadas; da mesma forma que a física e a matemática
- Até mesmo a santidade da religião e a majestade da legislação deveriam submeter-se ao Tribunal da Razão Pura
- Dogmática = Saber aparente
- Ciências = Juízos bem fundamentados em princípios da experiência e garantidos pela experiência
- Convite à razão para conhecer a si mesma a partir do Tribunal da Razão com suas leis eternas e imutáveis
- Condenar presunsões infundadas da dogmática metafísica
- Assegurar as pretensões legítimas das ciências e seus juízos bem fundamentados em princípio da experiência e garantidos pela experiência
- Crítica da faculdade da razão em geral
- Crítica de todos os conhecimentos que a razão pode aspirar independentemente de toda experiência
- CRP = em suma, (im)possibilidade de uma metafísica
- Determinar as fontes da metafísica
- Determinar a extensão da metafísica
- Determinar os limites da metafísica
- A partir de princípios da experiência
- A partir de princípios garantidos pela experiência
- CRP = Único caminho que resta seguir para eliminar os erros que dividiram a razão consigo mesma no seu uso fora da experiência
- Apenas nesse caminho é possível respostas para as questões inevitáveis que a natureza da razão insiste em realizar
- As respostas tornam-se possíveis às questões inevitáveis e mal-entendidas da razão humana a partir de princípios da/pela experiências e das leis eternas e necessárias da CRP
- CRP não satisfaz o desejo dogmático de artes mágicas
- É impossível satisfazê-lo!
- O dever da filosofia é dissipar a ilusão e o mal-entendido da dogmática metafísica
- A unidade da CRP é perfeita
- A unidade perfeita da CRP resolve todos os problemas metafísicos
- Unidade perfeita? Resolve todos os problemas? = (I)modéstia!
- CRP = unidade perfeita? resolve tudo? imodéstia? vaidade?
- CRP parece muito mais moderada do que as afirmações dos dogmáticos metafísicos sobre...
- Alma (psicologia racional)
- Mundo (cosmologia racional) e
- Deus (teologia racional)
- Cujos autores estendem o conhecimento humano para além de todos os limites possíveis da experiência
- CRP = Qual objeto?
"ocupo-me unicamente da razão e do seu pensar puro e não tenho necessidade de procurar longe de mim o seu conhecimento pormenorizado, pois o encontro em mim mesmo"
- CRP = Qual problema?
"O problema que aqui levanto é simplesmente o de saber até onde posso esperar alcançar com a razão, se me for retirada toda a matéria e todo o concurso da experiência"
- CRP = Qual matéria?
Tudo aquilo que a "natureza mesma do conhecimento nos propõe como matéria de nossa investigação crítica". Mas, então, qual a forma a seguir?
- Certeza
- Conhecimento necessário
- Com fundamento a priori
- Não opinião
- Não hipotético
- Conhecimento puro a priori
- Medida para a filosofia enquanto certeza apodítica
- Certeza
- Fundamentos da faculdade do entendimento
- Formas, regras e limites do uso do entendimento
- Dedução dos conceitos puros do entendimento
- Dedução objetiva
- Objeto do entendimento puro
- Valor objetivo
- Dedução transcendental das categorias
- Dedução subjetiva
- Entendimento puro em si
- Valor subjetivo
- Possivel? Possibilidade?
- Dedução objetiva
"a questão fundamental reside sempre em saber o que podem e até onde podem o entendimento e a razão conhecer, independentemente da experiência [valor objetivo] e não como é possível a própria faculdade de pensar [valor subjetivo]" (CRP, A XVII)
- Clareza
- Lógica
- Clareza discursiva (linguagem) por conceitos
- Estética
- Clareza intuitiva por intuições
- Exemplos em concreto
- "apenas necessários de um ponto de vista popular" [senso comum vulgar]
- "esta obra [CRP] não podia acomodar-se ao grande público"
- "cultores da ciência não necessitam tanto que se lhes facilite a leitura"
- Lógica
- Julgar o "tamanho" de um livro pelo tempo necessário para compreendê-lo
- A [forma] clareza dos detalhes impede visão de conjunto e a articulação da estrutura do sistema, importante para julgar valor e unidade
- Esforço do autor em realizar uma obra grande e importante
- Só a metafísica (nos limites da razão pura) pode ajudar no esforço do autor de realizar uma obra grande e importante
- Cabe à metafísica (nos limites da razão pura) realizar "o inventário sistematicamente organizado de tudo o que possuímos pela razão pura"
- Metafísica = unidade integral, perfeita e incondicionada derivada de simples conceitos puros (sem nada da experiência, nem sequer uma intuição particular) é não somente possível, mas necessária!
- Salvar a metafísica numa época de império científico!
"[Metafísica] Regressa a ti mesma e saberás como é simples para ti o inventário" (Persio)
- CRP = limpeza do terreno para preparar um sistema da razão pura especulativa = Nova metafísica da natureza
CRP Metafísica da natureza Juiz Auxiliar Imparcial Boa vontade A priori Derivados
FONTE  | KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. 5.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. |
CONTATO  | Prof. Fabrício Carlos Zanin Email |