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6.5.19

AULA 007 - FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO - PEDAGOGIA - 20191




UFT

AULA 007

23 DE ABRIL DE 2019





HISTÓRIA E SUBJETIVIDADE: ESPÍRITO A CAVALO

Caminho do eu

Descartes = cogito

Hume = nada de substancial

Rousseau = reino moral

Kant = eu transcendental

Hegel = espírito = atividade do eu como sujeito em seus desdobramentos = natureza, cultura, história = espírito do mundo, alma do mundo

Napoleão = espírito a cavalo para hegel Filosofia = desenvolvimento do espírito e das instituições sociais e políticas


KANT E HEGEL

iluminismo e romantismo na batalha do eu como substância [sujeito de predicação como instância ativa do filosofar [epistemologia teórica e ética prática], diferente dos antigos e medievais

eu a partir da razão do iluminismo X eu a partir da razão do romantismo

os dois tentaram mudar o curso da modernidade

redefinir o sujeito [eu], a partir da razão


KANT = ILUMINISMO

finitude da razão [kant]

razão interna à mente humana individual

não empírica, não psicológica

mundo interior racional, ordem X mundo exterior irracional, caos

eu conhece o mundo exterior

eu ordena o mundo exterior

colocar o mundo sob os comandos da razão individual

sujeito como palco para o fenômeno [dualismo]

limites da razão na produção do conhecimento


HEGEL = ROMANTISMO

infinitude da razão [hegel]

razão, a partir da metafísica, no universo e na história

força teleológica da razão

romantismo mais conservador do que o iluminismo

o mundo imperfeito tinha razões para ser do jeito que é diante de cada ação da razão [romantismo]

o mundo nada mais é do que a manifestação da razão

que consegue apreender o sentido teleológico racional do todo

nenhum limite para a razão [apreender o absoluto]

nada deveria escapar do espírito racional [monismo]

desenvolvimento dinâmico histórico da consciência [casa do espírito] no processo de produção do conhecimento = própria história da filosofia

redefinição do fenômeno sem o númeno, o que foi importante para a fenomenologia


TRILHA DA LIBERDADE

hegel, fenomenologia do espírito

a história do mundo tem uma razão, um sentido, uma teleologia

trilha da consciência como liberdade, quando atinge o absoluto

o absoluto não é o começo da filosofia como em Descartes, mas está no fim do processo [fenomenologia]

absoluto como a consciência aprendendo a si mesma = é o objetivo da filosofia = no seu fim = coruja de minerva

conhecimento como formação do espírito

estágios de aquisição do conhecimento na fenomenologia do espírito [sempre em movimento, errando e começando tudo de novo]
[1] certeza sensível
[2] percepção
[3] entendimento

a consciência é formada pelo movimento desses três estágios é a consciência de si = história da filosofia e da cultura = desenvolvimento da consciência em direção ao espírito [absoluto]

nesse trajeto da consciência de si para o espírito, aparecem as figuras da consciência


FIGURAS DA CONSCIÊNCIA = CONSCIÊNCIA DE SI DESEJANTE

necessidade de apreensão do objeto exterior, do mundo, de todos [de outras consciências de si]

apreensão como transformação e assimilação à consciência [de tudo e de todos]

conhecer o diferente acaba se tornando o começo do próprio conhecimento de si = reconhecimento de si coo identidade

desejante nunca se satisfaz, sempre quer mais, sempre quer o que lhe faz oposição

dialética entre senhor e escravo como interação [interdependência] social entre consciências de si

espelhos para o autoreconhecimento e suas frustrações

o senhor se frustra porque perde a referência do escravo como algo exterior que não se afirma

o escravo se frustra porque não é totalmente objetificado, pois mesmo aliendo do que produz, ainda é quem trabalha e produz


FIGURAS DA CONSCIÊNCIA = CONSCIÊNCIA INFELIZ

alma alienada

as qualidades esperituais que atribui a deus são suas mesmas, mas não vê [crítica ao cristianismo e a kant]

aliena a si mesmo em outro, tornando-se infeliz, dilacerada, dualista

ética, religião e filosofia como outros estágios abstratos


FIGURAS DA CONSCIÊNCIA = SABER ABSOLUTO

liberdade de consciência = liberdade do espírito = mais elevado grau de conhecimento de si mesmo

decisões da consciência de si conforme a razão enquanto força necessária e universal

consciência como algo universal e necessário [além do indivíduo, que supera suas limitações e reconhece a si mesma num grau maior de liberdade]

o reconhecimento de si mesma da consciência como espírito universal = conhecimento do absoluto [si mesmo como absoluto] [razão espírito comum universal]

si mesmo como algo não apartado do mundo, mas como espírito ou alma do mundo

ponto de chagada máximo da filosofia [entendida como desenvolvimento da consciência da liberdade de si mesma]

tudo é da ordem do espírito [real é racional do espírito, racional do espírito é real]



século 19

hegel começa a desabar

realidade racional que explica perfeitamente o real X caótica e inexplicável; razão e consciência como produtoras de ilusões


SCHOPENHAUER E MARX NAS FENDAS DE HEGEL

respostas ao pensamento hegeliano

marx = resposta otimista, também no sentidno de mais liberdade nas transformações dos

modos de produção/organização do trabalho

schopenhauer = resposta negativa = o mundo não compensa ninguém pelos infortúnios da vida

no entanto, o que eles têm em comum é a celebração da vida!

marx = vida, ver, viver e agir corretamente X ideologia, trabalho, mercado = ver, viver e agir incorretamente, falsamente

schopenhauer = vida, atitudes individuais além da vontade, como a arte, fruição estética X vontade, interesse, impulsos interesseiros


MARX

materialismo, epicuro, demócrito, hegel

inversão do materialismo idealista

modos de produção/organização do trabalho caracterizam cada grande época da filosofia

a história a partir da relação do ser humano com a natureza, ou seja, modos de produção/organização do trabalho, e não do espírito absoluto do mundo

modos de produção/organização do trabalho = escravismo, feudalismo, capitalismo no lugar de cada uma das partes do desenvolvimento do espírito

desdobramentos não do espírito, mas da sociedade e da economia política como estruturas dos modos de produção/organização do trabalho

até mesmo a filosofia tem relação com o modo de produzir e reproduzir de uma sociedade, de sua economia e das vidas dos indivíduos

modo de produção capitalista/organização capitalista do trabalho

funcionamento a partir da ideologia = alienação = fetichismo da mercadoria = reificação

versão transformada da teoria dos ídolos de bacon; versão transformada da ilusão necessária das ideias da razão de kant

ser humano está alienado do produto de seu trabalho

não sabemos o que fazemos, nossos produtos

afastamento de si, de nós, de nosso corpo, de seu espírito e dos corpos dos outros

reencontro do objeto como mercadoria sem nos reconhecermos, sem reconhecermos uns aos outros

tudo passa a ser visto como mercadoria (que não fizemos e que não reconhecemos); e nós mesmos como objetos e mercadorias; tudo é mercadoria no mercado [divisão do trabalho]

todas as relações sociais como produtos, mercadorias [exclusão dos produtores e do processo de produção, organização do trabalho]

ideologia = alienação = fetichismo da mercadoria = reificação = esconder o que realmente importa!

seres humanos vivos não se relacionam, mas objetos mortos se relacionam no mercado segmentação da produção industrial e segmentação das relações sociais

tudo isso está no centro da sociedade do modo de produção capitalista

trabalho = produtos = mercadorias = valor = tudo é conferido aos objetos, mas não ao trabalho = ilusão como lógica do capitalismo!



SCHOPENHAUER

revisor de kant

metafísica hegeliana da razão

metafísica de schopenhauer da vontade, da vida individual

a vida individual foi sacrificada por hegel, que era justificada pela somatória final da história

a vontade não atua teleologicamente, mas é caótica

vida e história humanas sem qualquer propósito predefinido

ponto de partida do sujeito transcendental de kant, mas dando-lhe um corpo individualizante

mundo como representação = fenômeno como representações do sujeito (entendimento = tempo, espaço, causalidade capazes de intuição)

mundo como Vontade = coisa em si como a Vontade como "saber" do corpo acessível e imediato, não se submetendo à causalidade

mundo como Vontade = força metafísica cosmológica; vontade caótica das contingências do mundo; fonte do sofrimento do mundo

estancar a vontade e o sofrimento é im-possível

impossível no sentido de fazê-la deixar de agir

possível no sentido de adotar uma atitude estética, que anula/freia a Vontade [tal como em kant na fruição estética passiva]


GUERRAS DE NIETZSCHE

em marx, a filosofia vira filosofia social como verdade [redescreveu a filosofia anterior, a alegoria da caverna precisava ser solucionada]

em nietzsche, a filosofia vira antropologia como crítica da filosofia [crítica do sujeito e da verdade] como interpretação [tudo é apenas interpretação!]

nietzsche encerra a filosofia moderna (indisposição com toda a tradição filosófica, que queria destruir), e não marx

nietzsche contra sócrates

modernidade como doença e infelicidade

fonte em sócrates = como um tipo de filosofia da história com desgosto pela vida

moral intelectualista de sócrates (ascetismo, concentração, contenção de desejos = sofrimento para nietzsche)

X pré-socráticos, cosmologias, povo altivo, nobre, saudável e forte com base nos instintos (força natural interior)

ser humano como herói da razão; apologia da razão

razão vence os instintos e conduz vida particular e pública

sócrates como o mais doente da sociedade grega que se apresentou como o melhor remédio para a juventude

sócrates charlatão e seu novo jogo inebriante: a dialética [dar e pedir razões]

sócrates como autopenitente que não gosta da vida e dos instintos

cansado da vida, festejou sua morte

sócrates como início do niilismo, que se consolidou em platão

o que vale para os gregos, vale também para todo o ocidente = niilismo = razão > instintos!

CONTRA A VERDADE
- busca da verdade [procedimento socrátivo-platônico] como perversão do ocidente
- vida sem busca da verdade = vida esfuziante para além da verdade e do sujeito = übermensch
- contra metafísica (platão, descartes, kant, hegel)

CONTRA O SUJEITO
- nietzsche como psicólogo dos filósofos
- o sujeito, a autonomia, a liberdade, etc. sempre foram um erro, pois metafísicos e nunca existentes
- a linguagem foi a arma de nietzsche
- sujeito nada mais é do que o elemento das frases que executa a ação, inerente à gramática
- mera realidade de uma sentença, mas sem poderes ontológicos e metafísicos
- como foi denunciado pelos empiristas e nominalistas, mas nietzsche vai além
- linguagem com prática social
- troca, promessa, dívida, fracos = inventaram razão, vontade, escolha e liberdade, dentro da comunidade, justiça
- forte = erro, mau, fora da comunidade, injustiça = pode ser mudado e tornar-se bom = bastaria acreditar no sujeito moderno e inverter sua vontade, assumir culpa e tornar-se culpado
- a própria linguagem [noção de sujeito] contém a noção que convenceu os fortes e se converterem e se "endireitarem"
- o passo complicado do ocidente foi acreditar que o sujeito pode comandar a vontade [de poder]



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