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11.5.18

I CICLO DE PALESTRAS E DEBATES (003) - UFT - 20181




UFT

I CICLO DE PALESTRAS E DEBATES

EDUCAÇÃO, POLÍTICA E SOCIEDADE

Auditório Campus Augustinópolis

02 maio 2018

UFT




SUMÁRIO

1 Atualidade do pensamento de Paulo Freire
2 Discussão





ABERTURA

Paulo Freire

CANÇÃO ÓBVIA - Paulo Freire (1921-1997)


Escolhi a sombra desta árvore para
repousar do muito que farei,
enquanto esperarei por ti.

Quem espera na pura espera
vive um tempo de espera vã.

Por isto, enquanto te espero
trabalharei os campos e
conversarei com os homens.

Suarei meu corpo, que o sol queimará;
minhas mãos ficarão calejadas;
meus pés aprenderão o mistério dos caminhos;
meus ouvidos ouvirão mais,
meus olhos verão o que antes não viam,
enquanto esperarei por ti.

Não te esperarei na pura espera
porque o meu tempo de espera é um
tempo de quefazer.

Desconfiarei daqueles que virão dizer-me
em voz baixa e precavidos:
É perigoso agir
É perigoso falar
É perigoso andar
É perigoso esperar, na forma em que esperas,
porquê esses recusam a alegria de tua chegada.

Desconfiarei também daqueles que virão dizer-me,
com palavras fáceis, que já chegaste,
porque esses, ao anunciar-te ingenuamente,
antes te denunciam.

Estarei preparando a tua chegada
como o jardineiro prepara o jardim
para a rosa que se abrirá na primavera.



INTRODUÇÃO

educação popular

teologia da libertação

exílio de 20 anos (obras fora do país; américa latina e áfrica)

modelo de educação para liberdade

autonomia e liberdade

direitos e solidariedade

diálogo

gente em tudo e tudo é gente

todos têm conhecimento

convívio, voz, cidadania

poder, vez, auto-estima

contra modelo de educação bancária

quem fala e quem escuta

quem detém a posse do conhecimento e quem não possui

depósito e cobrança com juros

sem diálogo

controle e disciplina

silêncio, obediência e insignificância

inferioridade e opressão

preconceito, discriminação, violências

impotência e não poder



HERMENÊUTICA DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO

descobrir-se no mundo

nosso posto no mundo

conhecer a si mesmo

ler - compreender - interpretar o mundo

lutar contra o mundo injusto

transformar o mundo

criar novos mundos

humanidade como problema para a própria humanidade

auto-compreensão de si e dos outros no mundo

ser aí no mundo com outros para a morte (finitude e historicidade)

quem é você\outro

qual seu mundo\do outro

qual seu\nosso novo mundo



EIXOS FUNDAMENTAIS DO PENSAMENTO FREIRIANO


[1] FINITUDE

- inacabamento
- poder ser
- faticidade
- temporalidade
- existência como possibilidade
- própria existência como resistência
- presença constante na\como luta
- por isso chegam ao ponto de nos matar (literal e não literalmente!)


[2] DENÚNCIA

- luta entre o velho e o novo
- o que foi e o que ainda não é
- historicidade
- conservar X mudar
- ideologia
- curiosidade, dúvida, pergunta, risco, crítica
- conscientizar, emancipar, des-velar


[3] ALTERIDADE

- eu e o outro
- identidade e diversidade
- igualdade e diferença
- juntos no mesmo mundo
- con-viver


[4] SONHOS

- criar novos mundos
- ser mais juntos
- colaboração
- solidariedade
- cooperação


[5] EDUCAÇÃO DIALÓGICA

- educação como denúncia\crítica
- e como construção\reinvenção
- de novos modos de ser no mundo
- de novos modos de con-viver do mundo
- e de novos mundos possíveis
- encontro e diálogo de saberes e de mundos\culturas




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001

ainda atual?

ainda contemporâneo?

globalização

tecnologia

massificação

novo colonialismo

novas escravidões

produção\fabricação\industrialização do pensar



002

pedagogia de paulo freire nas instituições ou nos movimentos sociais

urgência de rememorarmos e cuidarmos do seu pensamento

paradoxo entre discurso emancipador teórico e práticas de educação bancária

qq licenciatura deveria se preocupar com a interpretação da palavra e do mundo que fazem seus alun@s!

vida como um constante tornar-se

a universidade como um dos poucos lugares de liberdade

escola sem partido e educação bancária



003

todo mundo

está no mundo

deve interpretar seu mundo (cada instante!)

educação para acesso ao mundo e decisão (cada caso!)

reprodução do mundo tal como é\ser (ideologia e alienação)

transformação\construção de novos mundos (podem ser) (conscientização e emancipação)

reprodução alienada impotente (sem poder)

transformação potente cidadã (com poder)

qual o papel da mídia e da tecnologia nessa nossa decisão?

nós humanos, no mundo, junto com outros, reproduzimos, a cada instante, nossa mundanidade e nossa humanidade!



004

a vida

só é vida

quando vivida

na vida

de outras vidas

transformando vidas

desejo, utopia e caminhar



005

como ser professor@ sem ser colonizador e criar algo novo?

paradoxo da educação

dualismo (elite X resto)

controle e reprodução

conscientização

emancipação

transformação

instrumento de poder ou crítico do poder?



006

marcas do poder

biopolítica

tanatopolítica

controle e morte do corpo

biociências

sistema, instituições e rituais de controle e disciplina

como inovar para transformar?

a decisão é existencial!

finitude

temporalidade

abertura

possibilidades

tornar-se

caminhar

(R-)existir



007

paulo freire fez direito

não era professor

qual a relação do professor com o mundo?

muito mais como filósofo da educação

mediação escola-família-estado-sociedade

educador filósofo = questionar o mundo

educador artista = construir\propor novos mundos

caminhar e atravessar a travessia da existência juntos!



008

educação como decisão entre o velho e o novo

entre o passado e o futuro (arendt)

como acolher o novo sem matá-lo?

como produzir o novo impedindo sua cooptação e retirada de poder-potência?



009

o que é educação?

qual modelo de educação estamos decidindo a cada dia e a todo instante?

o que é ser educador?

para que educar?

por que educar?

para quem educar?

a serviço de quem educo?

a favor de quem educo?

contra quem educo?

como educo?



010

Eduardo Galeano

FUNÇÃO DA ARTE - Eduardo Galeano (1940-2015)


Diego não conhecia o mar.

O pai, Santiago, levou-o para que descobrisse o mar.

Viajaram para o Sul.

Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.

Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos.

E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.

E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:

- Me ajuda a olhar!




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