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8.9.16

GRUPO DE PESQUISA DIREITO & ARTE 014
















FUNDAÇÃO UNIV. DO TOCANTINS - UNITINS
GRUPO DE PESQUISA DIREITO & ARTE
PROF. FABRÍCIO CARLOS ZANIN
ENCONTRO 014, 06 DE SETEMBRO DE 2016
















MÁQUINA DE RETRATO




#câmara fotográfica ou máquina de retrato?

#fotografar ou tirar um retrato?

#retrato = pessoa, ser humano, rosto

#sempre foi o tema mais importante da fotografia

#objeto paradoxal: sem vida e com vida ao mesmo tempo









RETRATO - ANTES E DEPOIS DA FOTOGRAFIA




#retrato dependia da sensibilidade e perícia do artista (pintura)

#genialidade dos artistas

#a fotografia devolveu a identidade ao retratado

#perfeição e exatidão com que a fotografia representa a realidade

#fidelidade da reprodução fotográfica

#comparações inevitávfeis com pintura/gravura/desenho

#1839, Henry Fox Talbot, "Notas sobra a arte do desenho fotogênico ou processo pelo qual os objetos naturais podem delinear a si mesmos sem ajuda do lápis do artista"









FOTOGRAFIA E ROSTO HUMANO




#retrato fotográfico + rosto humano X mão do artista

#ANIMAIS = nem sorrir nem chorar; rigidez e inexpressividade;

#HUMANOS = emoções e sentimentos muito antes da fala; linguagem visual; código de sinais faciais; utilizado com tal automatismo que nem nos damos conta; animal social; envio, recepção e interpretação das mensagens faciais;

#ROSTO = identidade; reconhecimento; mesmo quando modificado, distorcido, caricaturado; ânimo, disposição e estado de espírito; difícil evitar; inevitável esconder; poder de síntese; poder carismático; mais fácil acreditar em pessoas e rostos do que em ideias; modo de ser, personalidade e ideias; nudez, tudo bem, mas o rosto não! rosto é o ser inteiro; rosto, alma e passado; o rosto é o tema mais intrigante e mais fotografado;

#Peter Mitchell; Edouard Boubat









PRIMEIRO TEMA DAS FOTOGRAFIA




#não foi o ser humano

#não foi o rosto humano

#por razões técnicas

#primeira foto, frança, nicephore niepce

#as primeiras máquinas exigiam longas exposições à luz e imobilidade

#era grande o desejo de fotografar gente

#e grande o desejo das pessoas de serem fotografadas

#suplício das primeiras fotografias humanas nos daguerreótipos









CAPTAR O INSTANTÂNEO NUMA IMAGEM ESTÁTICA




#denúncia da limitação da técnica e dos recursos

#faltava o poder de captar o instantâneo

#hoje a técnica e a tecnologia é espantosa, permitindo captar o que os olhos não conseguem

#desvendar os movimentos/ os rostos e registrá-los para a eternidade numa imagem estática

#novo desafio ao fotógrafo: a escolha do momento da foto









A CAÇA E O CAÇADOR




#nova ameaça a todos, surpreendidos pelo fotógrafo

#o relacionamento complexo da pessoa/modelo diante da máquina/câmara envolve também o fotógrafo e os futuros e eventuais espectadores da foto

#por que existem pessoas que são ou não fotogênicas?

#o que é a fotogenia?

#Por que para a maioria das pessoas a máquina e sua presença se tornam tão perturbadoras?

#seria a mesma sensação da caça e do caçador?

#"porque, sem a privacidade dos espelhos, nos coloca diante de nossa própria imagem" (KUBRUSLY, 1991, p.43)









LUZES . . . CÂMARA . . . AÇÃO . . . QUAL SENSAÇÃO?




#caretas no espelho

#não faz mal a ninguém

#gostinho de proibição

#autoconhecimento (pesquisa e treinamento)

#não conseguimos ver a nós mesmos

#estamos sempre no pior dos pontos de vista sobre nós mesmos

#rosto no espelho além do cinema, da TV e da fotografia

#busca de um feedback

#mutação de fisionomias

#usamos diferentes máscaras para cada situação, inclusive uma para o espelho

#soltar a voz ou uma leitura com sossego no último reduto da liberdade individual: o banheiro!

#certeza de não estar sendo observado

#importância do banheiro na arquitetura: da imundície ao luxo

#Por que a situação de tirar um retrato é tão incômoda tanto para o modelo quanto para o fotógrafo, assim como a sensação de estarmos sendo observado no espelho ou no banheiro?









LUZES . . . CÂMARA . . . AÇÃO . . . QUAL REAÇÃO?




#Não sou fotogênico!

#Negar-se a posição de modelo, mesmo ela sendo atraente

#Ameaça à relação de intimidade e privacidade da pessoa com sua própria imagem, mais ou menos como a sensação de um/a strip-tease em público (nudez)

#Se tal relação não é clara nem para a própria pessoa/modelo, imagine quando ela a expõe ao fotógrafo... muito pior!

#Mais ou menos como a sensação que temos quando o analista, por meio de suas perguntas e da transferência, invade ou nos faz expor, memso que desejemos reprimir e esconder, nosso inconsciente!

#A posição de modelo, a pose, o exibir-se nos faz sentir atração e, ao mesmo tempo, temor!

#Se a verdade de quando em vez nos causa medo, o mesmo vale para a inequívoca verdade de uma foto!









OLHA O PASSARINHO!




#fotos espontâneas e ao natural

#sem a existência da relação modelo-fotógrafo

#saber da existência do fotógrafo muda nossos comportamentos

#é impossível ignorar a presença da máquina fotográfica/câmara

#ela nos convida a representar um papel ou imitar a nós mesmos num palco imaginário na presença de uma plateia desconhecida

#tal jogo de representação é explícito no cinema, no teatro e na TV, espaços nos quais a transição da banalidade do cotidiano para o mundo mágico da fantasia é muito preciso e determinado [claquete, luzes, câmara e ação] [correr das cortinas]! na fotografia não existe essa precisão e determinação!

#na pior das hipóteses, "olha o passarinho", mas, mesmo assim, não funciona da mesma forma que no cinema, no teatro e na TV

#na fotografia, parece ridículo desempenhar um papel para aproveitar apenas um instante

#na foto, somos obrigados e pensar no nosso próprio corpo, o que atrapalha, mais ou menos quando falamos em público, passamos a pensar sobre o que normalmenteo não pensamos

#o que nos incomoda é que seremos julgado por uma única e exclusiva imagem, o que não ocorre na TV ou no cinema claro que é impossível somar em uma única imagem a complexidade de um ser, mas a fotografia torna possível o ser de um instante!

#até que ponto o nível cultural interfere no comportamento diante da câmara?

#Maureen Bisilliat: filmou e fotografou tribos indígenas; comportamentos diferentes de índias e índios; aconteceria o mesmo nas "sociedades desenvolvidas"?









ESCRAVO DO ESPELHO MEU




#beleza/vaidade: efêmera? vã? inútil?

#ser humano: efêmero? vão? inútil?

#fotografia = julgamento sobre a beleza (aparência e sugestão) de cada um

#claro que a aparência é totalmente parcial e nem sempre infalível, mas pode parecer suficiente

#por ser parcial, instantânea, estática, sempre buscamos complementações das informações nas fotos!

#por isso todos querem estar bonitos na foto prova da vaidade e da busca da beleza!









O COMPORTAMENTO DO ESPECTADOR




#a vida está suspensa

#a ação do nosso olhar é o que resta

#analisar pormenores insignificantes

#observar detalhes que jamais observaríamos ao vivo

#dar significados muitas vezes inexistentes no real

#tudo o que existe na imagem e o que ela oculta!

#é como estar do outro lado do espelho, observar sem ser observado

#um monólogo sem o risco de tornar-se diálogo

#por isso todos querem estar bonitos na foto

#prova da vaidade e da busca da beleza!









ESCONDER E REGRAR OU MOSTRAR E PECAR? PARADOXOS!




#pecado, vaidade, fútil, doença (narcisismo)

#perigo = moral, decoro, família, recato, bons costumes

#mulheres X homens

#mulheres incentivadas

#homens proibidos

#DE UM LADO, ESCONDER (PARADOXO) DO OUTRO, MOSTRAR

#biologia (natural) e meios de comunicação (cultural)

#busca de parceiro/a sexual e aparência

#seleção sexual

#indústria da beleza e da vaidade

#natural ou cultural?

#vida futura eterna X vida presente de "sucexo" (sucesso e sexo!)

#o ser humano se impõem regras que, paradoxalmente, não quer/vai cumprir!









TODO MUNDO NU: REVOLUÇÕES




#mudança de valores

#revisão de conceitos

#contra american way of life

#contra cientificismo

#contra tecnocracia

#beatniks: revalorização do indivíduo

#primeira foto da terra vista do espaço

#aldeia global

#conscientização ambiental

#miséria, fome, guerras e satélites e TV

#Beatles e o rock 'n' roll

#mini saia e pílulas

#paz e amor

#homem na lua

#homossexualidade

#sexo falado, visto e vivido

#revolução do corpo

#essência do indivíduo e instrumento de prazer

#beleza natural imnperfeita X beleza ideal, artificial e fabricada

#revolução no retrato

#ninguém escolhe a melhor roupa

#ninguém fica mais perfilado e arrumadinho

#ninguém mais toma banho ou fica de cabelo penteado

#ninguém mais usa gravata ou rendas

#ninguém mais faz um ritual para o retrato

#mais comum é o retrato ocasional e não ritualizado

#até posar para uma fotografia pode ser uma forma de lidar com todas essas trasnformações!









CRONOGRAMA / PLANEJAMENTO / 2016.2







ENCONTRO 13___31/08 ✔
KUBRUSLY, Cláudio Araújo.
O que é fotografia.
4.ed. São Paulo: Brasiliense, 1991
p.07-28



ENCONTRO 14___06/09 ✔
KUBRUSLY, Cláudio Araújo.
O que é fotografia.
4.ed. São Paulo: Brasiliense, 1991
p.29-64



ENCONTRO 15___14/09
KUBRUSLY, Cláudio Araújo.
O que é fotografia.
4.ed. São Paulo: Brasiliense, 1991
p.65-109



ENCONTRO 16___21/09
PEIXOTO, Fernando.
O que é teatro.
São Paulo: Brasiliense, 1986
p.7-29



ENCONTRO 17___28/09
PEIXOTO, Fernando.
O que é teatro.
São Paulo: Brasiliense, 1986
p.30-63



ENCONTRO 18___05/10
PEIXOTO, Fernando.
O que é teatro.
São Paulo: Brasiliense, 1986
p.64-91



ENCONTRO 19___12/10
PEIXOTO, Fernando.
O que é teatro.
São Paulo: Brasiliense, 1986
p.91-126



ENCONTRO 20___19/10
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.7-29



ENCONTRO 21___26/10
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.30-62



ENCONTRO 22___01/11
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.63-105



ENCONTRO 23___09/11
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.92-105



ENCONTRO 24___16/11
GHIRALDELLI JR., Paulo.
O que é a filosofia contemporânea?
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.1-14



ENCONTRO 25___23/11
GHIRALDELLI JR., Paulo.
A filosofia continental
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.15-48



ENCONTRO 26___30/11
GHIRALDELLI JR., Paulo.
A filosofia analítica
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.49-70



ENCONTRO 27___07/12
GHIRALDELLI JR., Paulo.
A filosofia da arte
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.117-138
















Datas e horários








✔ Toda quarta
✔ 15 horas
✔ Unitins Campus Graciosa
















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